terça-feira, 8 de setembro de 2009

08 - Orthetrum chrysostigma

Foto 1. : Macho. Tirada em Rosmaninhal, Tejo Internacional, Castelo Branco em 19/07/2009

Foto 2. : Tirada em Castelo Branco a 29 de Agosto de 2009.

O Orthetrum da cintura de vespa! Este Anisóptero azul faz parte da sub-família dos Orthetrum. O Chrysostigma distingue-se dos seus outros familiares com facilidade por aquela cinturinha estreita na parte inicial do abdómen, presente nos machos.
Originária do norte de áfrica é uma espécie com pequena distribuição no território nacional, mas relativamente comum na Beira Baixa onde já a encontrei em diversos locais, nalguns com populações significativas. Também está registada a sua presença no Algarve, no Baixo Alentejo e na região da Grande Lisboa. Gosta de águas correntes. Os machos medem de 3,9 a 4,8 cm.

Foto 1: Data 19 de Julho de 2009
Local: Rosmaninhal, Tejo Internacional, Castelo Branco
Estatuto de Conservação IUCN: LC (Least Concern/Pouco Preocupante)

07 - Trithemis annulata

Fig. 1 : Em posição de "obelisco" para reduzir a superfície em contacto com a luz do sol e, assim, impedir o aumento da temperatura corporal. Tirada a 19/07/2009 em Rosmaninhal, Tejo Internacional, Castelo Branco

Foto 2. : Tirada em S. Vicente da Beira em 5 de Agosto de 2009

Foto 3. : Fêmea.


Pequenina (apenas 32 a 38 mm), de cores vivas, é comum vê-la durante todo o Verão junto a barragens e ribeiros nos seus poleiros preferidos sobre a água. Este pequeno Anisóptero destaca-se pelo seu tom violeta e pelo tom alaranjado das nervuras das asas.
Originário de África e com expansão mais ou menos recente na Europa, ocupa ainda e apenas as zonas mediterrânicas, mais quentes. Em Portugal restringe-se ao Centro e Sul do País, sendo, todavia, nestes locais uma espécie bastante comum.

1.ª Foto: Data: 19/07/2009
Local: Rosmaninhal, Tejo Internacional, Distrito de Castelo Branco
Estatuto de Conservação IUCN: LC (Least Concern/Pouco preocupante)

06 - Crocothemis Erythraea

Foto 1: Tirada a 19/07/2009 em Rosmaninhal, Tejo Internacional, Castelo Branco
Foto 2: Tirada a 26/08/2009 no meu jardim, perto de Castelo Branco
Foto 3: Uma fêmea! Tirada a 26/08/2009 no meu jardim, perto de Castelo Branco


Foto 4: Esta não foi tirada na Beira Baixa. Apenas a coloco aqui por me parecer que é a mais descritiva.


A Crocothemis Erythraea é uma libélula, ou anisóptero, das mais chamativas que podemos encontrar em território nacional. O macho é quase completamente vermelho, de tons muito vivos, de tal forma que é impossível passar despercebido. Distingue-se facilmente de outras libélulas vermelhas, como os sympetrum, quer pelo tom mais vivo das cores, quer por ser a única libélula que ocorre em território português que tem as pernas vermelhas. Pode encontrar-se por todo o país. É comum em albufeiras sendo que o seu habitat preferencial são as águas paradas.

1.ª Foto: 19 de Julho de 2009
Local: Rosmaninhal
Estatuto IUCN: LC (Least Concern/Pouco preocupante)

05 - Lestes barbarus

O Bárbaro!
Os Lestes, embora da família dos zigópteros, apresentam as asas afastadas como os seus primos maiores, os Anisópteros. Têm todos cores brilhantes, prateadas.
O Lestes Barbarus (este é mais um macho como se pode ver pelos ganchos na extremidade do abdómen) distinguem-se dos outros lestes com facilidade pelos pterostigmas (aquelas pequenas manchas na parte superior das asas). O L. Barbarus tem os pterostigmas bicolores com cerca de metade a castanho e a outra metade a branco. É o único Lestes presente em Portugal onde isso ocorre. Na Beira Baixa tenho-o encontrado com facilidade em pequenas barragens artificiais ao redor de Castelo Branco. Esta foto foi tirada numa barragem na Zona Industrial de Castelo Branco. Também na zona de Caféde o tenho encontrado com facilidade. Fotografei-o pela primeira vez a 30 de Maio em Caféde. Trata-se de uma espécie presente em toda a Europa.

Data: 6-09-2009
Local: Zona Industrial de Castelo Branco
Estatuto ICNU: Não descrita.

04 - Erythromma viridulum

Fotografei esta libelinha sem saber o que era. A foto foi tirada no dia em que a verdadeira paixão por estes insectos começou.... no dia em que participei de um curso sobre Odonatos, organizado pelo núcleo da Quercus de Castelo Branco, uma acção ministrada por aquela que julgo ser a grande especialista portuguesa sobre estes insectos, a investigadora Sónia Ferreira.
A foto foi tirada em Rosmaninhal, no primeiro local onde parámos para ver Odonatos. Era tão comum naquele charco que não me passou pela cabeça que estivesse a fotografar uma espécie rara para Portugal e sem registos anteriores na Beira Baixa. Na verdade, durante algum tempo esta foto era a única da espécie, tirada em Portugal, que se podia encontrar na Internet. E acreditem que há muitos mais "malucos" a fotografar libelinhas no país.
A espécie aparenta preferir pequenas barragens, charcos, tanques... de águas paradas com vegetação superficial. Voa de Maio a Setembro.

Data: 18 de Julho de 2009
Local: Rosmaninhal, Castelo Branco
Estatuto de conservação IUCN: Não descrita


segunda-feira, 7 de setembro de 2009

03 - Coenagrion scitulum

Mais um Zigóptero. A foto mostra um macho. Estas azulinhas são extremamente complicadas de distinguir. Existem várias espécies muito semelhantes que se distinguem por pequenos pormenores. Tão pequenos que por vezes é mesmo preciso apanhá-las para as observar à lupa. Esta C. Scitulum tem o 2.º segmento do abdómen, - a seguir ao tórax, de onde partem as asas - com um desenho em forma de taça. É isso que a identifica como a C. Scitulum Em Portugal existe no norte e parte do centro do país e no Algarve.

Data: 30-05-2009
Local: Praia Fluvial da Cerejeira, Sarzedas, Castelo Branco
Estatuto de Conservação IUCN: Não descrita

02 - Pyrrhosoma nymphula


Fotografada no mesmo dia e local da anterior. Este rapaz (como se pode ver pelos ganchos que tem na extremidade do corpo e que servem para segurar as fêmeas pelo pescoço) pertence dentro dos Odonatos à família dos zigópteros, que abrange aquelas que habitualmente chamamos de libelinhas. É tipo para medir de 3,3 a 3,6 cm e em Portugal é dos primeiros a começar a voar, sendo comum nos ribeiros com vegetação de finais de Abril a Junho.
A sua distribuição registada em Portugal identifica a sua presença acima do Tejo e no Algarve, estando ausente no Alentejo e na região de Lisboa.
Está presente em quase toda a Europa

Local: Praia Fluvial da Fróia, Castelo Branco
Data: 24/05/2009
Estatuto de Conservação IUCN: Não descrita